terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Então ta !


Então tá.
Eu não sei se sou digno de estar aqui lhe pedindo essa ajuda, passei vários dias sem se quer dirigir uma palavra a ti, tinha vezes que eu até fingia que você não existia. Agora olha só estou aqui  implorando a ti uma ajude, e torcendo para que você não de as costas para mim como eu mesmo fiz varias vezes com você. Todos me falam que você não é assim, que sempre está disposto a ajudar os outros, seja quem for a maldade não está no seu coração, e é por isso que hoje estou aqui.
Então tá, eu só queria pedir para você me acompanhar nesse novo ano que vem chegando, que me ajude nas minhas futuras escolhas para que eu não faça escolhas erradas e que me alerte quando estiver no caminho errado, que me proteja também de tudo que possa vir me fazer mal. 
Amem. 


Renato Alexandre 


FELIZ ANO NOVO A TODOS !!


Que 2011 seja repleto de felicidade a todos nós...

Abraço forte, Rê






domingo, 19 de dezembro de 2010

Liberdade


Existia um garoto em uma vila que era uma daquelas crianças com um dom sobrenatural, tinha um ouvido absoluto, aprendia com muita facilidade a tocar qualquer instrumento musical. Estava nítido que seu futuro era a música.
Passado alguns anos, esse garoto cresceu e nesse seu caminho se dedicou ao máximo ao grande amor da vida dele, a música. E em uma esquina do centro antigo passava horas e horas com sua gaita a tocar os melhores sucessos da época, tinha para todos os gostos. Até que um dia perceberam o dom do rapaz e decidiram tirar ele rua, dar melhores condições e uma melhor estrutura para que esse talento todo fosse bem trabalhado.
Meses depois o adolescente de vinte anos estava prestes a assinar com uma das maiores gravadoras de sua cidade, seria para ele mais uma conquista em sua trajetória, algo que mudaria tudo. Planos e mais planos já vinham em sua cabeça, a relação de musicas que ele mesmo escolheu a dedo já estava pronta, todas essas escritas por ele mesmo.
Chegando o grande dia, ele não conseguia se contiver, era tanta ansiedade e mesmo com as mãos tremula ele empurrou sobre a mesa um pacote recheado com todas as musicas que ele mesmo escreveu, musica já cifradas, tablaturas, todas desenvolvidas por aquele jovem. Nesse exato momento como resposta o dono da gravadora lhe deu o papel mais esperado onde depois de uma assinatura a vida desse jovem mudaria.
O dono da  gravadora tratou meio com desdém o calhamaço que o jovem lhe entregou e assim de ante-mão avisou o jovem que aquilo não iria mais servir para nada pois agora ele seria um novo homem e não poderia mas fazer aquele tipo de musica, pois não era o que o publico curtia, ele teria que se adaptar aos gostos do momento, logo suas palavras teriam que se limitar. O jovem com a caneta em cima da onde teria que assinar parou e percebeu que não era justo com ele mesmo, ter que ser o que ele não é só para agradar os outros, então ali mesmo decidiu que não iria assinar nada e que amanha logo cedo voltaria para o  centro na mesma esquina que sempre esteve para tocar as musicas dele e as que pediam e assim ele iria ser mais feliz. 

Mesmo indignado com a coragem do jovem o dono da produtora riu do mesmo com um tom sarcástico e lhe desejou boa sorte.

Moral: se a minha música não posso tocar, não vou fazer letras só para agradar a você!


Renato Alexandre

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Última Dança


E o tempo já não está mais presente, me deito tentando apagar minha mente como apago mais esse cigarro que só serviu para acompanhar nossa dança. Não duvidei de você quando mesmo desconfiada aceitou meu pedido para uma de nossas danças noturnas, deixando o som entrar em sua mente e a distância não se fazendo presente, foi você quem começou. Sua sensualidade explodindo por dentro desse pedaço de pano, seu olhar me seguindo como se quisesse algo a mais, e nossos corpos mais próximos que os nossos lábios. Foi no momento em que aqueles lábios me tocaram, percebi que não passava na mente de mais ninguém que aquela seria a ultima dança da noite.
Com aquele sorriso misterioso, como se quisesse sempre confundir e enlouquecer, a dança tomava seu ritmo, nada conseguia parar aqueles dois corpos.
Foi um convite recheado de intenções, todas incontroláveis e irrecusáveis, se esperava um algo a mais além de toda a sensualidade, de toda a união esbanjada pelos corpos e lábios que mesmo trêmulos acompanhavam a canção.
E na sincronia que os dois entraram ficou nítido que havia uma disputa de dominação, o homem querendo ser o condutor e a mulher suplicando mais sensibilidade de seu parceiro. Ambos deixavam as marcas da ultima dança no chão daquele salão, e ninguém venceria essa disputa, pois morreriam dançando, morreriam ao som do ritmo envolvente.

Renato Alexandre & Kary Cintra 


segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Nosso Blues


Já era cinco da manha, e meus olhos nãos e fechavam,
O som daqueles solos de guitarra ao fundo embalava todo o clima, uma taça de vinho acompanhava o nascer do sol, você dormindo no meu ombro e eu a curtir aquele que mais parecia ser mais um devaneio.
As estrelas iam se despedindo aos poucos dando espaço ao brilho e a claridade dos raios do sol, os pássaros seguiam o ritmo daquele melhor blues, que nos acompanhou a noite toda e nos levou a delirar em cada nota tocada naquela guitarra que parecia querer  conversar com nós dois.
Agora é só eu e você, sozinhos curtindo mais um amanhecer de dezembro, ao som do melhor blues de Nova York e acompanhados do melhor vinho, e você ao meu ombro sonhando com mais uma noite de blues.

Renato Alexandre

domingo, 5 de dezembro de 2010

A tentativa.

Ela estava jogada naquele chão frio,
A noite parecia interminável, e sua voz fraca  sussurrava uma agonia interminável.
Aquele banheiro já foi um dia tão grande, mas nessa noite tudo parece diferente.
As paredes lhe sufocavam, a banheira que transborda já deixa seu corpo todo úmido
E os calafrios já estão mais constantes.
O rosto pálido com manchas pelo seu corpo, algo semelhante aos seus ferimentos internos.
Ela já esta cansada, sem forças para continuar.
Sua única expectativa é que dessa vez não a encontrem no chão do banheiro para lhe salvar de mais um suicídio.

Renato Alexandre






E O PRIMEIRO SELINHO VAI PARA !!!


Dedico esse "Selo" ideializado pela minha pessoa..(rs) para os BLOGS  que sempre estou dando uma passada, gosto muito de todos os que estou seguindo, dificil lembrar de todos agora, mas os que mais estou acompanhando são esses :
GOSTARIA DE AGRADECER A VISITA DE TODOS NO MEU BLOG  E TAMBÉM OS COMENTÁRIOS...OBRIGADO !!!!

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Monalisa


Ele corre como se estivesse fugindo da própria morte, mesmo com suas pernas já desgastadas de tanto correr ele não pensa em nenhum momento em parar, seu destino é estar bem longe daquele lugar que manchou sua carreira como artista plástico.
Carregando no bolso pequenos frascos de tinta óleo e um pouco de terebentina seus cuidados redobravam, mas ao mesmo tempo se distraia vendo de forma bem rápida cada paisagem que passava em sua direção, com três pinceis na mão ele só pensava em fugir desse lugar.
Logo ele consegue se livrar dessa tensão que o perseguia, esse medo que estava lhe atormentando, já com as pernas bambas percebeu que o pior já estava longe e deitou ali mesmo, sem se preocupar com nada, o meio da rua se tornou um berço e ali se repousou esperando seu corpo voltar ao normal. As tintas que estavam no seu bolso serviram de inspiração e lhe ajudou a relaxar, e no asfalto escaldante ele rascunhou esse que lhe tirava o sono todo noite e que tinha manchado sua vida. Levantou-se ao terminar e caminhou em direção ao primeiro boteco de esquina, e pediu sua dose de cada dia.
As pessoas que passavam não entendiam, apenas paravam em volta da pintura e apreciavam mais uma obra de arte de um artista que só queria ser esquecido pelo mundo. Nada de sorriso frio, hoje Monalisa esta com sorriso escaldante, graças ao calor do meio dia.

Renato Alexandre