segunda-feira, 14 de maio de 2012

Mais uma de amor.


Eu gosto de como você me olha,
e não suporto quando me ignora.
Eu amo quando sorri pra mim,
e odeio não poder te ter aqui.

Você pode não entender,
e muito menos acreditar.
Só não pode duvidar,
que foi você que me ensinou a amar.

Um amor que já foi contestado,
e muitas vezes mal interpretado.
Mas algo verdadeiro,
que só foi crescendo por estar ao seu lado.

Eu odeio ter que admitir,
concordar que me avisou.
Mas a vida é assim,
com o tempo aprendemos a dar valor.

E é esse valor que me motivou,
o verdadeiro e o mais puro.
Aquele que você sempre acreditou.
E por isso não abandou.

E eu odeio não poder te ter aqui.
Mas isso vai ter um fim.
É só você acreditar,
fechar os olhos e deixar eu te amar.



Renato Alexandre

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Perdi ou encontrei?


Todo dia era a mesma coisa, as mesmas pessoas no ônibus, as mesmas músicas no fone de ouvido, e o mesmo caminho a seguir.
Era para ser só mais um dia normal como os outros, mas não foi. Ônibus lotado, e com muita sorte um lugar aparece e imediatamente já o ocupei, ainda meio estabanado com a mochila e o fone de ouvido que não parava em meus ouvidos consegui me ajeitar.
Lógico, tão distraído que estava nem reparei quem estava do meu lado, só depois de alguns minutos já confortável no banco, olhei para o lado e vi você. Na hora fiquei sem palavras, fingia olhar a rua para poder ficar te observando, e você já percebendo minha facilidade em ser discreto começou seu jogo de sedução. Mas eu não estava me importando, eu só queria entender como que eu nunca tinha te visto antes, sendo que pegávamos sempre o mesmo ônibus, sempre no mesmo horário e sempre junto.
Mas como “nada é para sempre” e muito menos a minha presença dentro desse ônibus, sentado ao lado de uma pessoa encantadora, eu tinha que ir embora, tinha que descer. Mesmo achando que eu não devia sair.
Levantei-me e dei o sinal para o ônibus parar no próximo ponto, que estava a alguns metros dali, como disse anteriormente meio desajeitado ainda consegui me levantar, mas estava praticamente hipnotizado pela garota que ali estava, e no descuido percebi que o ponto onde iria descer tinha chegado então sai na pressa e sem perceber deixei meu celular cair no banco onde estava sentado.
Assim que sai do ônibus, fiquei ainda por alguns minutos parado sem saber o que fazer, só lembrava do seu rosto e do meu celular.
Será que ela pegou?
A dúvida ficou, e por um impulso mais forte resolvi fazer uma ligação para meu próprio celular.
E o telefone chamou.


Renato Alexandre