Tem dias que o nosso mar não está para peixes.
Foi no imenso mar das palavras e frases inacabadas que tentei mergulhar e resgatar alguns pensamentos e idéias, juntando algumas palavras que boiavam sobre o mar, mas justamente nessa noite as palavras estavam muito frias e os poucos minutos que fiquei ali tentando junta-las foram o suficientes para que meu corpo começasse a sofrer com a temperatura fria e aos poucos perdendo minha sensibilidade.
Meu coração já estava uma pedra de gelo, aquelas palavras não estavam me ajudando e meus pensamentos foram no ritmo da temperatura dominante e aos poucos nem ele existiria mais, o que me restou a fazer foi aguardar essa maré baixar e esperar palavras quentes para minha sensibilidade voltar.
Renato Alexandre